O mapeamento do estoque de carbono orgânico do solo no estado do Rio de Janeiro foi realizado em duas profundidades, 0-20 cm e 30-50 cm, com uma resolução espacial de 30 metros, equivalente a uma escala aproximada de 1:100.000. Os dados de estoque de carbono do solo foram obtidos a partir do Inventário Florestal Nacional no estado, desenvolvido pelo Serviço Florestal Brasileiro (SFB) entre 2013 e 2016, a partir da análise de cerca de 200 amostras de solo distribuídas por todo o estado.

Para a geração dos mapas de estoque de carbono, os dados das amostras do Inventário Florestal Nacional foram utilizados para treinar modelos de predição. Os pesquisadores da Embrapa Solos (RJ) empregaram geoprocessamento, sensoriamento remoto, informações de satélites e mapas existentes, combinando-os com diversas camadas de informações (como altitude, declividade, temperatura média anual, precipitação anual, uso e cobertura da terra, geologia e tipos de solo) para criar o modelo preditivo. Um modelo de estatística multivariada foi utilizado para correlacionar as covariáveis com o estoque de carbono do solo medido no campo, resultando nos mapas que cobrem todo o estado.

Este trabalho é fruto de um acordo de cooperação técnica entre a Embrapa Solos e a Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade do Rio de Janeiro (SEAS-RJ). Os mapas de carbono têm o potencial de subsidiar políticas públicas e impulsionar o mercado de compensações climáticas.

Esta solução tecnológica foi desenvolvida pela Embrapa em parceria com outra(s) instituição(ões).