A Embrapa Agroindústria Tropical já realizou pesquisas com a Passiflora tenuifila Killip, um maracujá silvestre, conhecido por maracujá alho, com resultados promissores em relação ao efeito funcional para controle de doenças do sistema nervoso central, similares a modelo de parkinsonismo. Existe a necessidade de confirmação e ampliação do estudo antes dos ensaios clínicos para validar a alegação de saúde. O fracionamento do maracujá, a caracterização e a elucidação das propriedades funcionais de quais componentes são responsáveis por tais efeitos são etapas primordiais para a disponibilização de um produto no mercado. Dessa forma, este projeto tem por objetivo ampliar os estudos sobre a comprovação do efeito funcional, bem como desenvolver um ingrediente alimentício funcional a partir frações de casca, polpa e semente de maracujá alho, que apresente potencial efeito neuroprotetor. Serão efetuados experimentos de processamento de frutos e concentração de componentes para uso em experimentos de efeito funcional. Os extratos serão submetidos à identificação e quantificação de compostos fenólicos e análise de aminoácidos/peptídios. Será avaliada a atividade citoprotetora dos extratos em modelo de toxicidade celular induzida pela 6-OHDA em células PC12 e avaliação do efeito funcional para Parkinsonismo. Dos resultados esperados, teremos a obtenção de extratos de casca, semente e polpa de maracujá alho que serão capazes de fornecer efeito protetor às células PC12 e ao modelo Zebrafish para Parkinsonismo, permitindo planejar sua aplicação como ingrediente alimentício funcional.