Parceria com MCTI busca soluções jurídicas para os desafios da pesquisa
Parceria com MCTI busca soluções jurídicas para os desafios da pesquisa
Integrantes da Consultoria Jurídica (Conjur) do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) visitaram a Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia no dia 17. O objetivo foi alinhar demandas jurídicas com as necessidades da pesquisa, mostrando aos advogados, na prática, como funciona o dia a dia dos cientistas. Para o chefe da Conjur, Leopoldo Gomes Muraro, a visita foi um marco na aproximação entre as áreas técnica e legal.
Após uma apresentação institucional, a equipe do MCTI conheceu os setores de Biotecnologia, Controle Biológico, o Herbário e o Banco Genético, onde receberam explicações dos pesquisadores sobre o trabalho desenvolvido nesses locais. “Conseguimos compreender melhor os desafios enfrentados pela maior instituição de pesquisa do Brasil”, destacou Muraro.
Segundo ele, apesar de a Embrapa ser vinculada ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), a Empresa também recebe financiamentos de órgãos como CNPq e Finep, vinculados ao MCTI, o que reforça a necessidade de uma atuação jurídica coordenada. “É muito importante essa intersecção entre a consultoria jurídica do ministério e uma unidade de pesquisa de ponta”, afirmou.
A partir da experiência no Cenargen, Muraro acredita que, ao analisar processos e emitir pareceres, a equipe jurídica terá uma visão mais realista das demandas dos laboratórios e dos pesquisadores.
Para ele, a aproximação com a Embrapa permite à consultoria jurídica do MCTI atuar de forma preventiva, evitando conflitos com órgãos de controle e agilizando processos. “Em conjunto com a Advocacia-Geral da União (AGU), já identificamos pontos de ação comum para resolver questões relacionadas à pesquisa científica e tecnológica”, assinalou.
O chefe da Conjur enfatizou que é essencial criar sinergia entre todos os operadores do sistema. “Precisamos de um entendimento comum para garantir que a legislação apoie, e não obstrua o avanço científico”, disse ele, acrescentando que o ordenamento jurídico de CT&I passa por um momento importante, com os 20 anos da Lei de Inovação e os 10 anos do Marco Legal de Ciência e Tecnologia.
Desafios institucionais
André Alarcão, chefe de Gabinete da Presidência da Embrapa, reforçou a importância de parcerias jurídicas ágeis para resolver desafios institucionais. “Buscamos estreitar relacionamentos com nossos parceiros, incluindo os jurídicos, para construir uma rede de apoio eficiente”, afirmou. Segundo ele, a Embrapa, conhecida por receber missões externas, agora quer se tornar um ambiente de troca de conhecimentos e soluções conjuntas, especialmente com o MCTI.
Para Alarcão, essa parceria é estratégica, pois a Empresa lida com projetos que envolvem desde biotecnologia até sustentabilidade, áreas que demandam regulamentações específicas. “Queremos um diálogo permanente para antecipar problemas e encontrar soluções em conjunto”, afirmou.
Outra expectativa é de que a maior integração com o MCTI facilite a tramitação de projetos e patentes, além de agilizar a liberação de recursos. Alarcão destacou que a instituição está aberta a colaborar na construção de normativas mais eficientes, alinhadas com as necessidades reais da pesquisa.
A chefe-geral da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, Priscila Grynberg, destacou que a visita da Conjur "foi uma oportunidade de os servidores conhecerem algumas instalações da Unidade, aprenderem um pouco sobre as nossas pesquisas e perceberem o potencial que temos em termos de inovação dentro da pesquisa agropecuária".
Eduardo Pinho (MTb/GO - 1073)
Embrapa Recuros Genéticos e Biotecnologia
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