Nesta semana, uma comitiva da área de agricultura do governo de Fiji, coordenada pelo Ministério de Agricultura e Pecuária (Mapa), esteve em Campo Grande (MS) a fim de conhecer os estudos da Embrapa Gado de Corte voltados para melhoramento genético animal e vegetal. Brasil e Fiji mantêm acordos de cooperação técnica em agricultura, pesca, recursos florestais e outros setores. A agenda elaborada pelo Mapa para a Embrapa incluiu visita técnica à Fazenda Modelo da Empresa, localizada em Terenos; e discussões com pesquisadores de sanidade animal, melhoramento genético animal, qualidade da carne, nutrição e reprodução animal, sistemas integrados de produção, forrageiras tropicais e conservação do solo, sob os cuidados do articulador internacional do Centro, Davi Bungenstab. Na Capital sul-mato-grossense, a busca por informações relacionadas à pecuária de corte visa fortalecer a cadeia produtiva local, por meio da incorporação de tecnologias utilizadas no Brasil para uso em pequena escala, modelo similar ao da agricultura familiar adotado em terras brasileiras. “Além da parceria com a Embrapa na área vegetal, a intenção é desenvolver projetos com o Mapa e outras unidades da Embrapa, na área de pecuária bovina”, afirma Lucas Fiuza de Moraes, coordenador de cooperação internacional do Ministério. Recentemente, material genético de mandioca e abacaxi foram levados às Ilhas Fiji por meio de um acordo com a estatal. O pesquisador Avinesh Dayal, líder da missão, é diretor de produção e saúde animal do Ministério da Agricultura do arquipélago do Pacífico Sul. Ele conta que antes de chegar ao Centro de Pesquisa, a comitiva passou pelo Rio Grande do Sul, onde visitou a Expointer e a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS); conheceu plantas frigoríficas e propriedades rurais com sistemas de integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF), e se reuniu com membros da Associação Brasileira dos Criadores de Girolando. Dayal estava acompanhado do oficial agrícola do setor de carnes, Samuel Prasad; do oficial do setor de genética, Jovilisi Tabuyaqona; e do setor de extensão rural, Penaia Donuca. A aproximação entre Brasil e Fiji teve início a partir de iniciativas da adidância agrícola da embaixada brasileira na Austrália, há cerca de quatro anos responsável pelo relacionamento com outros países da Oceania, como Fiji e Vanuatu.