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Diretor-Geral da OIV visita o Brasil e a Serra Gaúcha

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O neozelandês John Barker, diretor-geral da Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV), visitou países produtores de uvas e vinhos na América do Sul, incluindo Chile, Argentina, Uruguai e Brasil.

No Brasil, ele visitou a região de produção de vinhos de inverno no Distrito Federal e a Serra Gaúcha. Na Serra, ele teve diversos encontros com o setor, em conjunto com o Consevitis, cooperativas e vinícolas. As visitas foram acompanhadas por membros do Ministério da Agricultura.

Na sexta-feira (22), o chefe-geral Adeliano Cargnin e o pesquisador Giuliano Elias Pereira acompanharam a comitiva em uma visita à Vinícola Salton. Durante o encontro, uma palestra de 20 minutos detalhou a vitivinicultura brasileira e as pesquisas em desenvolvimento pela Embrapa Uva e Vinho. Foi destacado que a Comissão Técnica Brasileira da Vinha e do Vinho (CTBVV) foi criada em 2010 por iniciativa de pesquisadores da Embrapa Uva e Vinho e atualmente conta com mais de 135 especialistas de diversas instituições. A Embrapa Uva e Vinho tem 16 membros na comissão, participando das Comissões I (Viticultura), II (Enologia) e III (Economia e Direito), mas não há representantes na Comissão IV (Segurança e Saúde).

Ao final da palestra, foram degustados dois vinhos: um branco da variedade BRS Bibiana e um rosé frisante demi-sec da variedade BRS Margot. A vinícola ofereceu um almoço para os convidados.

John Barker agradeceu o detalhamento sobre a vitivinicultura nacional e parabenizou os membros da CTBVV, que já possuem 16 projetos de resolução em trâmite. Ele solicitou ao Brasil mais dois projetos de resolução: um sobre a produção de vinhos de inverno, uma condição única no mundo, e outro sobre vinhos tropicais.

Nesse contexto, ele mencionou uma sugestão feita em 2016, na reunião anual da OIV, pela pesquisadora e professora Jocelyne Perard, da Universidade de Bourgogne, e pelo pesquisador Giuliano. Eles propuseram que o Vale do São Francisco (VSF), devido às suas condições tropicais, fosse considerado um laboratório permanente da OIV para avaliar os efeitos das mudanças climáticas na vitivinicultura global.

A média anual de 26ºC na região do VSF pode ser um modelo para o que outros países vitivinícolas enfrentarão com um aquecimento global severo. As tecnologias e práticas desenvolvidas no VSF, como o uso de variedades e porta-enxertos adaptados, técnicas de irrigação e fertirrigação, controle de doenças e protocolos de vinificação, podem servir de exemplo para países que sofrerem com a elevação das temperaturas.

NCO
Embrapa Uva e Vinho

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Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
www.embrapa.br/fale-conosco/sac/

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