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Embrapa Amapá restringe acesso aos campos experimentais devido à vassoura-de-bruxa da mandioca

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Foto: Ricardo Costa

Ricardo Costa - Campo Experimental de Fazendinha, em Macapá (AP). Este e os demais campos experimentais da Embrapa estão com restrição de acesso por tempo indeterminado, como forma de prevenção à expansão do fungo causador da vassoura-de-bruxa da mandioca.

Campo Experimental de Fazendinha, em Macapá (AP). Este e os demais campos experimentais da Embrapa estão com restrição de acesso por tempo indeterminado, como forma de prevenção à expansão do fungo causador da vassoura-de-bruxa da mandioca.

A Embrapa Amapá ampliou a restrição de acesso aos seus campos experimentais, como medida preventiva fitossanitária diante do alto risco de dispersão do fungo Rhizoctonia theobromae, causador da vassoura-de-bruxa da mandioca. Além do campo do Cerrado (km 43 da BR 210), que adotou restrição e controle de acesso em junho deste ano, desta vez a medida abrange também os campos instalados no distrito de Fazendinha, em área periurbana de Macapá, e o campo experimental do município de Mazagão. Recentemente foi identificada a infecção de uma unidade de produção de maniva-semente de mandioca da Embrapa, localizada na Colônia Agrícola do Matapi, município de Porto Grande (AP).  

Os empregados da Embrapa que atuam nos campos experimentais continuarão com suas atividades, mas com restrições. Foram adotadas práticas de biossegurança, como a desinfecção de calçados e veículos, e proibição do trânsito entre setores do campo sem higienização adequada. 

A orientação aprovada pelo Comitê Técnico Interno da Embrapa Amapá recomenda também que as equipes envolvidas nos campos experimentais intensifiquem as rotinas de monitoramento das culturas para identificação precoce de sintomas da doença, permitindo ações rápidas de contenção; capacitação das equipes técnicas e operacionais sobre identificação da doença, medidas preventivas e boas práticas fitossanitárias.

“A colaboração de todos é fundamental para a eficácia das medidas de proteção do patrimônio genético e das pesquisas da Embrapa Amapá. A saúde fitossanitária de nossos campos experimentais e de ativos como o Banco de Germoplasma de mandioca situado no Campo Experimental de Mazagão, é primordial para a continuidade de nossa missão de impulsionar uma agricultura sustentável”, ressalta o documento.

Emergência fitossanitária

 A partir de análises da Embrapa Amapá e a Embrapa Mandioca e Fruticultura (Cruz das Almas, BA), foi confirmado ao Ministério da Agricultura e Pecuária, em 2024, o primeiro relato da presença, no Brasil, do fungo Ceratobasidium theobromae, também conhecido como Rhizoctonia theobromae, causador da doença vassoura-de-bruxa da mandioca.

A dispersão do fungo pode ocorrer por meio de material vegetal infectado, ferramentas de corte, além de possível movimentação de solo e água. A movimentação de plantas e produtos agrícolas entre regiões pode facilitar a dispersão do patógeno, aumentando o risco de infecção em novas áreas. 

A gravidade da situação é reconhecida na Portaria nº 769, de 29 de janeiro de 2025, do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), que declarou estado de emergência fitossanitária relativo ao risco de surto desta praga quarentenária presente nos estados do Amapá e Pará. Em seguida o Ministério instituiu o “Programa Nacional de Prevenção e Controle da Vassoura-de-Bruxa da Mandioca - Ceratobasidium theobromae (Rhizoctonia theobromae)”, por meio da Portaria SDA/MAPA nº 1.257, de 19 de março de 2025.

Outras ações da Embrapa no enfrentamento à vassoura-de-bruxa da mandioca:

https://www.embrapa.br/busca-de-noticias/-/noticia/101704837/embrapa-e-ministerios-montam-estrategias-para-enfrentar-vassoura-de-bruxa-da-mandioca-no-amapa-e-para

 

Dulcivânia Freitas (DRT-PB 1.063/96)
Embrapa Amapá

Contatos para a imprensa

Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
www.embrapa.br/fale-conosco/sac/

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