Embrapa integra conselho científico nacional da COP30
A pesquisadora paraense Tatiana Sá, da Embrapa Amazônia Oriental, está entre os sete cientistas brasileiros que integram o Conselho Científico sobre o Clima, grupo técnico que vai assessorar a presidência da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas 2025 (COP 30). A COP 30 ocorrerá de 10 a 21 de novembro, em Belém-PA.
O convite veio diretamente do embaixador André Corrêa do Lago, que preside a Conferência. O Conselho é formado por representantes da academia com atuação em nível nacional e internacional. O grupo realizará diálogos periódicos com a presidência da COP 30 para assessorar em temas relacionados às agendas de negociação durante o processo preparatório ao evento.
Fazem parte deste Conselho: Thelma Krug (coordenadora), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe); Carlos Nobre, presidente do Painel Científico para a Amazônia; Paulo Artaxo, da Universidade de São Paulo (USP): Tatiana Sá, Embrapa Amazônia Oriental; Ima Vieira, Museu Paraense Emilio Goeldi; Moacyr Cunha de Araújo Filho, da Rede Clima; e Marina Hirota, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
Tatiana Sá é agrônoma e tem pós-doutorado em Agroecologia pelo Instituto de Sociologia e Estudos Campesinos pela Universidade de Córdoba, na Espanha. Já participou e liderou dezenas de projetos de pesquisa nas linhas de caracterização biofísica de sistemas florestais, agrícolas e agroflorestais, incluindo projetos de cooperação internacional. Foi a primeira mulher a chefiar a Embrapa Amazônia Oriental e a terceira a ocupar a diretoria-executiva da Embrapa, em Brasília. Seu trabalho vem, de modo crescente, contando com a participação das comunidades tradicionais e da agricultura familiar no processo de pesquisa.
Nos últimos anos a cientista tem se dedicado ao estudo da Agroecologia com ênfase na transdiciplinariedade em atividades de pesquisa, ensino e extensão. Para Tatiana Sá, a participação no Conselho é um reconhecimento à sua vivência de campo na região amazônica e abordagem transdisciplinar, principalmente no que diz respeito à resiliência socioecológica frente às mudanças climáticas.
Resiliência socioecológica
A resiliência socioecológica, como explica a pesquisadora, refere-se à capacidade de um sistema integrado entre sociedade e meio ambiente em lidar com os impactos das mudanças climáticas, recuperando-se e adaptando-se, e até mesmo transformando-se para se tornar mais resiliente no futuro.
“Para além das tecnologias e equipamentos, a organização das comunidades é fundamental quando se fala em resiliência frente às mudanças climáticas. Não se pode pensar na resiliência do ambiente sem o engajamento e o protagonismo das pessoas”, afirma.
A resiliência socioecológica, continua a cientista, é crucial para lidar com os impactos das mudanças climáticas, que incluem eventos climáticos extremos, aumento das doenças e contaminações, conflitos sociais e outros fatores.
A Embrapa já iniciou sua Jornada pelo Clima, iniciativa que visa ampliar o conhecimento da sociedade a respeito da questão climática e promover tecnologias, pesquisas e conhecimentos gerados pela ciência brasileira que contribuem para adaptar a agropecuária e mitigar e controlar emissões de Gases de Efeito Estufa (GEEs), fomentando competitividade e garantindo segurança alimentar e nutricional. Clique aqui e venha conhecer e participar dessa Jornada! |
Ana Laura Lima (MTb 1268/PA)
Embrapa Amazônia Oriental
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