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26/06/25 |

Papel estratégico do agro brasileiro na COP30 é debatido na Feira Bio Brazil Fair

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Foto: Arquivo pessoal

Arquivo pessoal -

A atuação do Brasil como protagonista nas soluções ambientais globais foi o foco da participação de Gustavo Spadotti, chefe-geral da Embrapa Territorial, em debate realizado no dia 12 de junho, durante a Brazil Fair, em São Paulo, SP. Tendo a pergunta “O que a COP30 tem a ver com a produção brasileira de alimentos?” como ponto de partida, Spadotti promoveu uma reflexão sobre como a ciência aplicada ao campo tem transformado o País em referência mundial em sustentabilidade agrícola.

O encontro, mediado por José Eduardo Camargo, presidente da Associação Brasileira de Nozes e Castanhas (ABNC), integrou a programação da feira, que ocorreu entre os dias 11 e 14 de junho e reuniu um público interessado em alimentação natural, inovação e sustentabilidade. Também participaram da mesa Renata Higashi, diretora de Pesquisa e Desenvolvimento do Grupo Biombo Brasil; e Renato Cassula, sócio-proprietário da Oasis Super Fruits Orgânicas.

Durante sua apresentação, Spadotti defendeu que o Brasil deve se posicionar na COP30 (30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima) como parte das soluções de problemas ambientais, e não como um vilão. Ele destacou o potencial de ampliação da produção agrícola brasileira, por meio da recuperação de pastagens degradadas, sem necessidade de desmatamento, e destacou o sistema de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) como exemplo de tecnologia que alia uso eficiente da terra, conservação ambiental e produtividade.

“O sistema permite o uso da mesma área por três vezes no mesmo ano agrícola, com alta eficiência e baixa emissão de carbono. Ele também é fruto de uma ciência direcionada, que domesticou o solo e as plantas, criando sistemas adaptados às condições tropicais”, afirmou. Segundo o gestor, essas práticas tornam o agro brasileiro um fornecedor estratégico de alimentos com baixa pegada ambiental.

Spadotti também relembrou conquistas da ciência nacional, em destaque para as da Embrapa, como a fixação biológica de Nitrogênio, que garantiu a indicação da pesquisadora Johanna Döbereiner ao Prêmio Nobel de Química, e a premiação de Mariangela Hungria com o World Food Prize. Para ele, essas contribuições reforçam o papel da pesquisa científica no avanço do setor e na construção de sistemas produtivos mais sustentáveis.

Um dos ouvintes do debate questionou a falta de conhecimento da sociedade, especialmente entre os jovens, a respeito desses avanços do agro. Spadotti mencionou, em resposta, a iniciativa “De Olho no Material Escolar”, que busca promover uma visão mais realista e atualizada da agropecuária brasileira nas escolas.

O encontro também trouxe experiências práticas de sustentabilidade no setor produtivo. Renato Cassula compartilhou sua vivência como produtor de acerola no semiárido brasileiro, e Renata Higashi abordou o compromisso do Grupo Biombo com práticas sustentáveis na indústria de alimentos. 

O debate foi encerrado por José Eduardo Camargo com a leitura de um poema que simboliza a conexão entre campo e cidade.

Bio Brazil Fair

A analista Edlene Aparecida Monteiro Garcon e as pesquisadoras Gisele Freitas Vilela e Cristina Criscuolo também estiveram presentes na feira para visitar os estandes e conexões com parcerias.

Alan Rodrigues (MTb 2625/CE)
Embrapa Territorial

Fernanda Esmeriz (Colaboradora)
Embrapa Territorial

Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
www.embrapa.br/fale-conosco/sac/

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