Os pesquisadores Wenceslau Teixeira e Fabiano Balieiro, da Embrapa Solos (Rio de Janeiro-RJ), estiveram na região Serrana fluminense fazendo avaliações com o novo permeâmetro automático (SoloFlux) desenvolvido em parceria com o Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF) e a empresa Falker, companhia brasileira de tecnologia agrícola. Esse novo permeâmetro, que foi desenvolvido nos últimos anos e já está sendo comercializado pela Falker, agiliza e otimiza o tempo em avaliações da capacidade do solo de conduzir água, propriedade conhecida como condutividade hidráulica saturada, comenta o pesquisador Wenceslau Teixeira. “Há uma grande demanda da avaliação da condutividade hidráulica do solo. Essa propriedade do solo retrata a velocidade que a água permeia o solo, é essencial para diversas atividades, entre elas o planejamento de sistemas sustentáveis de produção agrícola. Com base nessa propriedade em conjunto com outras informações, é possível ajustar parâmetros do sistema de irrigação às condições do terreno, reduzindo o desperdício e combatendo a erosão”, diz Wenceslau. É também fundamental para a construção de estruturas de drenagem de estradas, estimativas de recargas de aquíferos e parâmetros para a construção de aterros sanitários e barragens, bem como para ações da Defesa Civil, como a prevenção e a contenção de deslizamentos de encostas. A região serrana fluminense, tem tido um aumento da frequência de eventos climáticos extremos, com chuvas torrenciais, que causam graves consequências com perdas de vidas. O conhecimento sobre o movimento da água no solo será cada vez mais importante para planejar ações de órgãos públicos para sistemas de alerta e mitigação”, diz o engenheiro-agrônomo Wenceslau Teixeira, responsável pelo projeto. Fabiano Balieiro, que participa desse trabalho e desenvolve atividades de pesquisa na região serrana há bastante tempo comenta que “a automação da coleta de parâmetros de solos que são dinâmicos com a velocidade que a água infiltra e permeia o solo, o monitoramento da umidade do solo e do clima na região são fundamentais para o entendimento e sucesso de novos cultivos na região serrana como o do lúpulo”. As avalições foram feitas em três áreas de remanescentes da Floresta Atlântica sob Latossolos e Argissolos, nos municípios de Petrópolis e Teresópolis.