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Pesquisa, governo, produtores e bancos se reúnem em workshop
Evento aconteceu na última segunda-feira e foi organizado pelo Banco Mundial, Semarh e Embrapa
Representantes do Banco Mundial, Banco do Brasil, Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), Secretaria da Agricultura e Pecuária (Seagro), Serviço Florestal Brasileiro, pesquisadores, técnicos e produtores se reuniram durante todo o dia, na última segunda-feira (09), na Embrapa Pesca e Aquicultura. A pauta: “Restauração com Finalidade Econômica e Ecológica no Tocantins”, um assunto que muito interessa a produtores com passivos ambientais e que precisam se ajustar à legislação vigente.
Segundo dados do Serviço Florestal Brasileiro, o país possui atualmente 43 milhões de hectares em passivos ambientais para recuperar, conforme declarado no Cadastro Ambiental Rural (CAR). Especialistas encaram como um grande desafio a superar.
“A ideia foi reunir cabeças para pensar modelos economicamente viáveis para restauração em pequenas, médias e grandes propriedades”, explica o pesquisador da Embrapa Pesca e Aquicultura, Alexandre Uhlmann.
Ao contrário da recuperação de áreas degradadas, que tem como objetivo reintroduzir atividades produtivas na região, a restauração busca devolver a vegetação original do local. Ou seja, se a área era coberta por uma floresta de Cerrado, o foco é recuperar exatamente essa vegetação nativa.
Uhlmann destaca a importância do setor financeiro estar presente em eventos como o workshop. “Os bancos propõem a abertura de linhas de crédito para atender à pesquisa e ao produtor. Precisamos de recursos na pesquisa para validar economicamente modelos agroflorestais que são importantes para o estado. A partir do momento em que a gente tiver essa validação econômica, o banco poderá abrir efetivamente linhas de crédito que possibilitem aos produtores realizar a restauração ambiental em suas propriedades”, esclarece.
Restauração pode chegar a 50 mil por hectare
Restaurar uma área pode ser algo muito oneroso para o produtor, podendo custar de 5 a 50 mil reais por hectare. Com tamanha necessidade de recursos para financiar projetos de restauração ambiental, há a necessidade de estudos de viabilidade econômica em projetos de SAFs, e é sobre isso que a pesquisa vai se debruçar agora.
Para o Uhlmann, validar economicamente sistemas agroflorestais (SAFs) é importante para trazer segurança às entidades financiadoras, que se apoiam na condição que a Embrapa e outras instituições têm de afiançar modelos que se sustentem economicamente. “O próximo passo é pensar em validação econômica desses modelos que já existem, de modo a dizer ao banco quais têm e quais não têm viabilidade. Com isso o banco vai oferecer, a partir de uma visão mercadológica, a possibilidade de financiamento dos passivos de restauração das propriedades”, conclui Uhlmann.
Priscila Telles de Souza Lima, superintendente regional do Banco do Brasil, concorda: “Queremos conhecer modelos bem-sucedidos e mapear potenciais parceiros. Captamos 4 bilhões de reais de fundos de sustentabilidade”. Wener Kornexl, Gerente do Programa de Florestas do Banco Mundial já deu o recado: “o dinheiro está disponível para começar amanhã”.
Elisângela Santos (19.500 - RJ)
Embrapa Pesca e Aquicultura
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