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16/06/25 |   Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação

Embrapa visita Centro de Lançamento de Alcântara, no Maranhão

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Foto: Sargento Viegas/ Cecomsaer

Sargento Viegas/ Cecomsaer - Visita à base do Maranhão envolveu parlamentares federais e técnicos.

Visita à base do Maranhão envolveu parlamentares federais e técnicos.

A Embrapa reforçou o seu posicionamento estratégico no cenário espacial brasileiro durante visita institucional ao Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão, no dia 22 de maio. A participação ocorreu por meio da Assessoria de Relações Institucionais e Governamentais da empresa, representada pelo seu chefe, Felipe Cardoso; e pela Rede Space Farming Brazil, por meio da pesquisadora Clarissa Pires de Castro, líder do componente de gestão da Rede. A Space Farming Brazil é uma iniciativa coordenada pela Embrapa em parceria com a Agência Espacial Brasileira (AEB) e reúne mais de 20 instituições de ensino e pesquisa do Brasil e do exterior.

Felipe Cardoso e Clarissa de Castro, da Embrapa, na visita à Base de AlcântaraOrganizada pela Assessoria Parlamentar e de Relações Institucionais do Comando da Aeronáutica (Aspaer), a visita teve como foco apresentar a representantes do Congresso Nacional a infraestrutura e os avanços tecnológicos do CLA, considerado um dos centros de lançamento mais promissores do mundo pela sua localização estratégica, próxima à linha do Equador. Para a Embrapa, o momento representou oportunidade de aproximação com a base aeroespacial e de articulação para a inserção de experimentos nos lançamentos futuros realizados no local.

“Foi uma oportunidade importante para a Rede se aproximar da equipe e das atividades do CLA e viabilizar futuras parcerias para o envio de plantas e microrganismos ao espaço em lançamentos feitos na base brasileira”, avaliou Clarissa Pires de Castro.

A rede Space Farming Brazil atua no desenvolvimento de tecnologias voltadas à produção de alimentos em ambientes extremos, como o espaço. O grupo reúne especialistas de diversas instituições brasileiras para avançar em temas como cultivo em microgravidade, uso eficiente de recursos hídricos e bioinsumos adaptados às condições espaciais (veja quadro abaixo).

A visita também foi importante para chamar a atenção dos parlamentares brasileiros para essa área de pesquisa. “A agricultura espacial é capaz de trazer respostas para desafios agrícolas que enfrentamos aqui na Terra. É importante que os membros do Congresso saibam disso para a discussão de políticas públicas e apoiem a atividade, direcionando recursos para esse setor”, avalia Felipe Cardoso.

Com a recente aprovação da Lei de Atividades Espaciais, que oferece segurança jurídica e incentiva parcerias público-privadas no setor, a articulação entre ciência agropecuária e exploração espacial ganha fôlego e abre caminho para novos arranjos tecnológicos e institucionais. A presença da Embrapa na visita ao CLA é mais um passo nessa direção.

 

Grão-de-bico brasileiro no espaço

No dia 14 de abril, o grão-de-bico BRS Aleppo, desenvolvido pela Embrapa, fez parte de experimento espacial a bordo da missão NS-31 da empresa Blue Origin. Também foram embarcadas mudas de batatas-doces para analisar os efeitos da radiação espacial e da micro gravidade nesses materiais. Ambas as espécies serão remetidas ao Brasil para análise de pesquisadores da Embrapa. (leia aqui).

 

Imagem dos membros da Rede Space Farming Brazil na escadaria do Polo de Inovação Tecnológica de São José dos Campos, São Paulo, no workshop do grupo realizado em março de 2025.
 

A rede de agricultura espacial brasileira

A Rede Space Farming Brazil foi criada para inovar na produção de alimentos em ambientes fora da Terra. Este grupo de cientistas está trabalhando no desenvolvimento de sistemas de produção adaptáveis ao espaço, buscando soluções para desafios complexos, garantindo a produção de alimentos em condições de elevada radiação, baixa gravidade e ausência de solo.

Em novembro de 2023, foi firmado um protocolo de intenções entre a Embrapa e a Agência Espacial Brasileira (AEB) em prol da participação do País no Programa Artemis, da Nasa, que reúne projetos de colaboração internacional. Desde então, a Embrapa atua como provedora de dados, tecnologias e produtos que serão usados tanto no espaço quanto no dia a dia da sociedade brasileira, gerando novas oportunidades para superar desafios como o das mudanças climáticas, novas formas de produção e cultivares adaptadas a condições extremas e a novos mercados.

Atualmente, a Rede é composta por 56 pesquisadores de 22 instituições diferentes: Agência Espacial Brasileira (AEB), Centro de Energia Nuclear na Agricultura da Universidade de São Paulo (Cena-USP), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq-USP), Instituto Agronômico (IAC), Instituto de Estudos Avançados (IEAv), Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo (IGc-USP), Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Instituto de Química da Universidade de São Paulo (IQ-USP), Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), Florida Tech University (FIT), Parque de Inovação Tecnológica de São José dos Campos (PITSJC), Universidade da Flórida (UFl), Universidade de Newcastle (NCL), Universidade Federal do ABC (UFABC), Universidade Federal de Lavras (Ufla), Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Universidade Federal de Viçosa (UFV) e Winston Salem State University (WSSU).

Fábio Reynol (MTb 30.269/SP)
Assessoria de Comunicação Embrapa

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