A 5ª Conferência Global do Programa de Sistemas Alimentares Sustentáveis da Rede 'One Planet'-, realizada entre 27 e 29 de maio, reuniu sociedade civil, governos, pesquisadores, organizações internacionais, setor privado, entre outros atores sociais do Brasil, em Brasília, para discutir sobre temas como o combate à fome e desnutrição, a perda de biodiversidade e a crise climática no mundo. A Conferência incluiu 7 opções de “jornadas de aprendizagem” na programação para que os participantes pudessem conhecer diferentes realidades do sistema alimentar local, refletidas nos diferentes subsistemas alimentares e suas formas de interseções, além de estimular um senso de maior investigação, o que pôde ajudar a moldar o comportamento de liderança e ação colaborativa entre os participantes. Uma das opções da jornada de aprendizagem ocorreu na Embrapa Hortaliças, onde aproximadamente 20 participantes da Conferência foram recebidos pela Chefe-Geral, pesquisadora Caroline Jácome Costa, que enfatizou a importância do debate. “Ficamos muito felizes em poder cumprir com a missão da empresa e colaborar na construção de caminhos para chegarmos a sistemas alimentares mais equitativos e sustentáveis”, disse a pesquisadora. Na visita, a pesquisadora Milza Lana apresentou os dados do último estudo realizado sobre o desperdício de hortaliças, no qual avaliou não só as perdas, mas também as causas que provocam o desperdício de milhares de folhagens e verduras todos os dias. “O estudo teve como objetivo gerar um tipo de informação que seja útil tanto para o serviço de extensão rural, como para as políticas públicas de segurança alimentar e desenvolvimento sustentável”, disse Lana. Coube ao pesquisador Nuno Madeira apresentar outras duas linhas de pesquisa da Embrapa Hortaliças que tem correlação com perdas e desperdício de alimentos: Sistema de Plantio Direto em Hortaliças (SPDH) e Hortaliças Tradicionais, para conservação e promoção do cultivo e do consumo de hortaliças não convencionais, parte das Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC). O pesquisador explicou que, desde 2008, foram implantados bancos comunitários de multiplicação em parceria com a extensão rural e com organizações de agricultores, e realizadas capacitações, palestras, eventos, e disponibilizadas publicações. “O tema assume maior importância ainda quando direcionado para populações com alto grau de vulnerabilidade, para regiões ou épocas muito quentes, para agricultura urbana e periurbana e para o público da gastronomia que busca novos ingredientes. A proposta é diversificar nossa alimentação, enriquecendo o repertório alimentar, trazendo mais alternativas para os agricultores, novos ingredientes para os consumidores e promoção de saúde para a sociedade", destacou Madeira. Também fizeram parte das opções de visita na jornada de aprendizagem a Embrapa Cerrados, o Banco de Alimentos do Projeto Mesa Brasil do Sesc, o Instituto Jardim Girassol, a Cooperativa Central de Reciclagem do Distrito Federal, a Cozinha Solidária do Sol Nascente e a Escolas Rurais do Distrito Federal.