Ao longo de sua vida, Johanna Döbereiner assinou mais de 500 publicações, entre artigos científicos, documentos técnicos, resumos de trabalhos para congressos e capítulos de livros, entre outras contribuições. O acervo é riquíssimo e, desde sua primeira publicação, em 1951, é raro haver um ano em que seu nome não esteja em algum título.

 

Muito foi percorrido desde a primeira publicação - Influência da cobertura do solo sobre sua flora microbiana -, assinada em conjunto com o então chefe do Serviço Nacional de Pesquisas Agronômicas (órgão precursor da Embrapa), Alvaro Barcellos Fagundes. Diversas vezes teve de vencer preconceitos e, frequentemente, precisou provar exaustivamente seu trabalho para que a comunidade científica e acadêmica a ouvisse. Felizmente os tempos mudaram e Johanna pôde registrar em papel suas ideias, experimentos e resultados de pesquisa. 

 

Sua carreira foi consistente e, ainda hoje, seu nome é expoente quando se fala em ciência aplicada na agricultura. A descoberta de bactérias fixadoras de nitrogênio e a sua aplicação prática para aumentar a produtividade agrícola são as grandes contribuições dessa notável cientista, cuja extensa obra é, ainda hoje, fonte de pesquisa para incontáveis cientistas, estudantes e pesquisadores das mais diveras áreas.

 

O resultado dos quase 50 anos de Johanna dedicados à pesquisa é um calhamaço de 532 documentos publicados - assinados por ela e, muitas vezes, pelos colegas de trabalho. "Não faço nada sozinha. Tudo é fruto de muita troca entre nossa equipe", dizia.