A nova versão do Mapa de erodibilidade dos solos do Brasil expressa a capacidade do terreno de resistir ao desgaste causado pela água da chuva e está na escala 1:500.000, compatível com uso estadual ou para grandes bacias hidrográficas. O mapa classifica os solos de todo o País, com base em avaliação semiquantitativa, em seis classes de erodibilidade: muito baixa, baixa, média, alta, muito alta e extremamente alta. Cada classe está associada a intervalos de valores do índice de erodibilidade, denominado fator K.

A erosão hídrica é um dos principais fatores de degradação das terras em escala global. Estimar sua ocorrência possibilita ao país, entre outras aplicações, apoiar a implementação de políticas públicas para o controle da erosão, com foco no desenvolvimento econômico sustentável nas áreas rurais, promovendo a adoção de práticas de conservação de solo e água.

A erodibilidade dos solos é influenciada exclusivamente pelos atributos intrínsecos do solo, como composição granulométrica, estrutura, teor de carbono orgânico, permeabilidade, profundidade efetiva do solo e a presença ou ausência de camada compactada e pedregosidade. Não foram considerados os fatores extrínsecos, como clima, relevo e cobertura vegetal.

Os dados utilizados para elaborar o mapa provêm dos levantamentos pedológicos publicados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A equipe da Embrapa baseou-se na interpretação especializada das 8.143 unidades de mapeamento de solos (UMs) do Mapa de Solos do Brasil (IBGE), publicado em escala 1:250.000 em 2018.