Autoria: PEREIRA, J. G.; BARROS, E. S. de; FREITAS, S. T. de; RYBKA, A. C. P.

Resumo: O mercado vitivinícola está crescendo no Brasil, com o surgimento de novas áreas de produção de uvas e vinhos. No Vale do São Francisco, os vinhedos do Semiárido nordestino geram resíduos que podem causar problemas econômicos e ambientais, aumentando a preocupação com o destino dado aos mesmos. O grande desafio é transformar esses resíduos, que são ricos em compostos bioativos e valor nutricional, em coprodutos passíveis de reprocessamento. Deste modo, o objetivo deste estudo foi avaliar o teor de compostos fenólicos e atividade antioxidante em resíduos do desengace das uvas do Vale do São Francisco armazenados sob diferentes condições. Foram utilizadas uvas das variedades Cabernet Sauvignon e Egiodola. Os resíduos foram armazenados a 0 °C, 10 °C e 20 °C por 6 semanas, moídos em espessura de 1 mm e extraídos sob 60 °C por 30 minutos em solução de etanol sólido/líquido de 1:10. A extração foi realizada por meio de banho- maria, incubação e ultrassom com e sem temperatura. As análises e extração foram realizadas em triplicata. Foram analisados os compostos fenólicos totais e a capacidade antioxidante por DPPH (2,2-difenil-1-picrilhidrazil). Com o armazenamento a 0 ºC, observou-se maior teor dos compostos fenólicos (alcançando 74,94 mg EAG/g de raquis) e maior atividade antioxidante (0,018 mMol TEAC/g de ESL), comparado com o armazenamento nas demais temperaturas. O método que melhor extraiu os compostos fenólicos foi ultrassom com temperatura, alcançando valores mais altos em comparação com os outros métodos.

Ano de publicação: 2023

Tipo de publicação: Resumo em anais e proceedings

Unidade: Embrapa Semiárido

Palavras-chave: Armazenamento, Atividade antioxidante, Compostos bioativos, Extração, Grapes, Mercado vitivinícola, Resíduo Agrícola, Temperatura, Uva, Vale do São Francisco