Autoria: RAMOS JUNIOR, W. L.; LEAO, J. M.; CAMPOS, M. M.; COELHO, S. G.; FERREIRA, A. L.; PEREIRA, L. G. R.; TOMICH, T. R.; RIBEIRO, A. K. do C.; MACHADO, F. S.

Resumo: Os objetivos deste estudo foram avaliar se há divergência fenotípica para o consumo alimentar residual em bezerras F1 Holandês-Gir durante a fase de aleitamento e sua associação com a produção de calor (PC) medida pelo método da máscara facial. As bezerras (n = 36, peso ao nascimento = 32,4 ± 6,6 kg) receberam leite integral (6 L/d), dieta sólida (95% de concentrado e 5% de feno Tifton 85 picado) e água à vontade. O peso vivo foi monitorado semanalmente e a ingestão de dieta (leite e dieta sólida) diariamente, entre a 4ª e 12ª semana de idade. As bezerras foram classificadas em dois grupos de consumo alimentar residual (CAR): alta eficiência (AE, CAR < 0,5 DP abaixo da média, n = 10) e baixa eficiência (BE, CAR > 0,5 DP acima da média, n = 10). As trocas de gasosas (consumo de O2 e produção de CO2) foram obtidas usando máscara facial aos 45 ± 5 dias de idade e a PC foi estimada. Foi utilizado delineamento inteiramente casualizado, dados foram analisados por ANOVA e as médias foram comparadas usando teste de Fisher. Bezerras de AE e BE apresentaram CAR de -0,14 kg/d e 0,13 kg/d, respectivamente. O consumo de matéria seca (CMS) foi 15% menor em AE em comparação com BE e não houve diferenças no ganho de peso médio diário (GMD). Bezerras AE consumiram menos O2 (L/d) e produziram menos CO2 (L/d). A frequência cardíaca e PC foram menores para bezerras AE em comparação ao BE. Estes resultados demonstram que bezerras são divergentes para CAR durante o aleitamento e o método da máscara facial é uma ferramenta útil para estimar as diferenças na PC entre bezerras de alta e baixa eficiência.

Ano de publicação: 2018

Tipo de publicação: Artigo em anais e proceedings

Unidade: Embrapa Gado de Leite

Palavras-chave: Calorimetria, Consumo alimentar residual