Susceptibilidade a antimicrobianos de espécies de Staphylococcus coagulase negativos isoladas de leite de vacas com infecção intramamária.

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Autoria: EVANGELISTA, I. F.; SILVA, M. A. S.; BRITO, M. A. V. P. e; LANGE, C. C.

Resumo: A mastite é frequentemente o resultado de uma infecção intramamária, que pode ser causada por diferentes tipos de microrganismos. Os Staphylococcus coagulase negativos (SCN) são microrganismos oportunistas associados à pele dos animais e do homem, que causam mastite subclínica. Os SCN formam um grupo amplo e heterogêneo de bactérias, que compreende muitas espécies e subespécies. Aspectos de prevalência, ecologia e epidemiologia de SCN associados à mastite em vacas de leite ainda precisam ser elucidados. Neste estudo 161 estirpes de SCN isoladas de leite de vacas com ou sem sinais de mastite, de 49 rebanhos localizados em diferentes municípios dos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, entre os anos de 1996 e 2012, foram caracterizadas quanto ao fenótipo de resistência aos antimicrobianos. As estirpes foram previamente identificadas pelo sequenciamento do gene 16S RNA e estão mantidas em uma coleção biológica. A resistência aos antimicrobianos foi avaliada pelo teste de difusão em ágar com discos de antibióticos, de acordo com as recomendações do Clinical and Laboratory Standards Institute. A resistência apresentada com maior frequência pelas estirpes de SCN estudadas foi a resistência à penicilina, seguida pela resistência às sulfonamidas e à tetraciclina. Staphylococcus epidermidis foi a espécie de SCN que mais apresentou resistência aos antimicrobianos, incluindo multirresistência e quatro estirpes resistentes à meticilina, que indica resistência a todos os antibióticos betalactâmicos. Staphylococcus chromogenes, uma espécie de SCN adaptada aos bovinos, apresentou 3,7% de multirresistência e 48,8% de estirpes susceptíveis. A alta resistência aos antimicrobianos apresentada pelas estirpes de S. epidermidis desse estudo sugere que as mesmas possam ter como origem o ser humano, uma vez que a espécie é ubiquitária da pele humana e grande reservatório de genes de resistência.

Ano de publicação: 2018

Tipo de publicação: Artigo em anais e proceedings

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