Adaptado às condições do Semiárido brasileiro, o agave constitui importante fonte de renda e geração de emprego em uma região onde as alternativas de cultivos agrícolas são limitadas. A planta tem atraído a atenção por seu potencial como matéria-prima para produção de bioenergia como o etanol de primeira e segunda gerações e compensação líquida de gases de efeito estufa, em virtude das suas diversas características de alta produtividade e teor de carboidratos, bem como pela sua menor pegada hídrica.

Em parceria com a empresa Santa Anna Bioenergia, este projeto irá avaliar as características de crescimento e rendimento de Agave tequilana e de acessos promissores de Agave sisalana para a produção de açúcar e de etanol (primeira e segunda geração) e valorização de coprodutos gerados pelo Agave. O objetivo é proporcionar o aumento de rentabilidade, com a identificação de plantas mais produtivas em biomassa, conjuntamente com sistemas de produção que viabilizem a exploração comercial, definições de arranjo de plantio, fertilização, manejo adequado da cultura, além de infraestrutura de processamento para aproveitamento de todo o potencial do Agave.

O projeto visa ainda quantificar o sequestro de carbono no ciclo de produção do Agave e contribuir com a redução de emissões de gases de efeito estufa relacionados ao aquecimento global, que compõem os objetivos da Agenda de Desenvolvimento Sustentável da ONU para 2030.

A cultura do sisal também pode se constituir em aporte forrageiro para alimentar o rebanho de ruminantes, especialmente na época de escassez de alimento para o gado. Assim, será desenvolvida ração animal com ingrediente extraído do processo de desfibramento e, ou produção de etanol do resíduo de Agave com para alimentação de animais ruminantes.