O objetivo geral deste projeto é obter cultivares de feijão-caupi biofortificados com alto valor comercial, com potencial de produção para feijão verde e feijão-vagem, definir um ideótipo de planta para produção de feijão verde, e selecionar estirpes de rizóbios e de actinobactérias para promover o aumento da produtividade dos genótipos de feijão-caupi selecionados.
Considerando que o desenvolvimento de tecnologias de baixo custo como a biofortificação de cultivares de feijão-caupi e a co-inoculação do feijão-caupi com rizóbio e outros micro-organismos promotores de crescimento, é de fundamental importância, a equipe atuará na seleção de cultivares de feijão-caupi biofortificadas, com especial atenção para teor de proteínas e os minerais ferro (Fe) e zinco (Zn), bem como selecionar combinações compatíveis e eficientes de cultivares de feijão-caupi, estirpes de rizóbio e de actnobactérias.
No Brasil, entre 2010 e 2020, observou-se que a área plantada com feijão-caupi foi reduzida em 200.229 ha e a produção aumentou em 96.879 toneladas. Esse aumento de produção com redução simultânea de área foi possível através do aumento da produtividade, que saltou de 320 para 466 kg ha-1 no mesmo período. Segundo levantamento do IBGE, no Estado do Amapá em 2017, 353 produtores foram responsáveis pela área colhida de 215 ha de feijão fradinho e feijão verde. Apesar de a área plantada com feijão-caupi ter sido reduzida no Estado ao longo dos últimos anos, observa-se que o feijão- caupi ainda é uma cultura de elevada relevância tanto para alimentação das populações que vivem no campo quanto para geração de renda. Como primeira meta do projeto será conduzido um experimento no Amapá, para identificação de variedades com potencial produtivo para feijão verde e que possa atender às exigências do setor de distribuição de grãos verdes de feijão-caupi. O projeto conta com apoio financeiro da Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico, e será executado no período de 2022 a 2024.