O objetivo geral deste projeto foi avaliar a eficácia da polinização por abelhas nativas no café arábica e a saúde das colônias em sistemas que utilizam esses pesticidas, promovendo práticas que garantam tanto a produtividade quanto a conservação dos polinizadores. É uma colaboração entre a Syngenta e a Embrapa Meio Ambiente, focando no uso de abelhas nativas para a polinização do café e na saúde dessas abelhas em sistemas de produção agrícola.
A Embrapa Meio Ambiente é reconhecida por seu papel em desenvolver tecnologias para a criação de abelhas, promovendo uma agricultura sustentável que equilibra produção e conservação ambiental. A pesquisa na Unidade tem explorado o manejo de polinizadores e seu impacto na produtividade do café. Embora o Coffea arabica, principal espécie cultivada no Brasil, seja autógamo e não dependa de polinização, estudos recentes indicam que a presença de polinizadores pode aumentar significativamente a formação de frutos. Uma pesquisa de 2016 mostrou que flores isoladas de polinizadores resultaram em uma redução média de 28% na produção de frutos.
Outro estudo em andamento por meio da empresa Agrobee, realizado em Minas Gerais e São Paulo, avaliou a influência de colmeias de Apis mellifera e Scaptotrigona depilis na produtividade do café. Os resultados indicaram um aumento médio de 54% na produtividade em áreas com polinizadores, além de melhorias na qualidade do café, como o aumento no tamanho das sementes e na pontuação do sabor.
Esses resultados sugerem que a integração de polinizadores manejados no cultivo de café se tornará cada vez mais comum, similar a outras culturas. Contudo, é fundamental monitorar a saúde das colônias expostas a cultivos tratados com neonicotinóides.