O projeto será desenvolvido em ampla cooperação técnica e/ou financeira com 29 instituições parceiras, entre unidades da Embrapa, instituições estaduais de pesquisa, universidades e centros internacionais. Essa rede colaborativa, consolidada ao longo de 25 anos em projetos anteriores, reforça a integração entre pesquisa, desenvolvimento e inovação no melhoramento genético do feijoeiro-comum.
Participam da iniciativa oito unidades da Embrapa, nove instituições estaduais, nove universidades brasileiras e três centros internacionais de pesquisa. Além disso, outras entidades - como cooperativas, empresas privadas e associações de produtores - atuarão na fase final dos ensaios de Valor de Cultivo e Uso (VCU), mediante cooperação técnica sem aporte financeiro.
O comitê gestor será composto pelos líderes das Soluções de Inovação (SIs) e representantes de instituições estratégicas, garantindo uma gestão integrada e colaborativa. O projeto está organizado em uma estrutura com atividades de Gestão e oito Soluções de Inovação, totalizando 12 ações de gestão e 93 ações de pesquisa.
Cada SI possui um foco específico:
- SI 1: Desenvolvimento de linhagens com resistência a doenças causadas por fungos, bactérias, nematoides e vírus. - SI 2: Melhoramento da qualidade de grãos, visando maior valor nutricional, culinário, industrial e comercial. - SI 3: Melhoramento integrado para agregar múltiplos atributos agronômicos e comerciais, como precocidade, resistência à seca e calor, colheita mecanizada e produção agroecológica com fixação biológica de nitrogênio. - SI 4 a SI 6: Avaliação de linhagens em diferentes regiões do Brasil — Região Central (SI 4), Centro-Sul (SI 5) e Nordeste (SI 6) — incluindo ensaios preliminares, intermediários e finais de VCU, além da produção de sementes do melhorista. - SI 7: Desenvolvimento e avaliação de linhagens geneticamente modificadas de feijão carioca com resistência múltipla a viroses, associadas a alto desempenho agronômico e qualidade de grãos.
Após a seleção das linhagens promissoras, serão realizados ajustes fitotécnicos para potencializar o desempenho das novas cultivares no campo.
O projeto contribuirá significativamente para a redução de riscos e custos de produção, maior sustentabilidade ambiental (com menor uso de agroquímicos), estabilidade produtiva, aumento da rentabilidade dos agricultores e maior uso de sementes melhoradas - fator que favorece a adoção de outras tecnologias no sistema produtivo do feijão.