Uma pesquisa da Embrapa Amapá, conduzida com amostras coletadas no município de Mazagão (AP), constatou que há diferenças hemato-imunológicas entre exemplares machos e fêmeas de camarão-da-amazônia. Este dado indica a necessidade de manejos alimentares diferenciados como forma de potencializar e promover ganhos reprodutivos desta espécie durante seu cultivo. Resultados desse estudo serão apresentados pelo bolsista Marcos Mendes Lobo dos Santos, do Programa de Iniciação Científica PIBIC / CNPq / Embrapa, orientado pela pesquisadora Eliane Tie Oba Yoshioka, durante o XI Congresso Amapaense de Iniciação Científica, na manhã de 19/10 (quarta-feira), na Universidade do Estado do Amapá (Ueap), em Macapá. Na publicação técnica da pesquisa, os autores destacam a importância econômica e social do camarão-da-amazônia (Macrobrachium amazonicum) para as populações da região Norte. “Práticas agropecuárias visando potencializar a reprodução do camarão-da-amazônia em cativeiro, por meio da administração de suplementos alimentares, podem ser benéficas ao aumento da fertilidade e da fecundidade”. Porém, ressaltam os autores, é necessário padronizar metodologias utilizadas nas análises fisiológicas (hemato-imunológicas) devido a estudos nesta área ainda serem escassos inclusive para diferenciação entre exemplares machos e fêmeas. Este estudo está vinculado ao Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 2, Fome Zero e Agricultura Sustentável. Para realizar esta pesquisa, a equipe da Embrapa coletou camarão-da-amazônia no município de Mazagão (AP) e transportou os exemplares para o Laboratório de Aquicultura e Pesca da Embrapa Amapá, onde foram alimentados com ração para camarões (35% proteína bruta). Neste estudo, 190 animais foram avaliados, sendo 120 machos e 70 fêmeas. Os camarões foram pesados e medidos, e hepatopâncreas e as gônadas de cada animal separados e pesados para determinar o índice hepatosomático (IHS) e o índice gonadossomático (IGS). Amostras de hemolinfa foram retiradas na região ventral do hemocelo, no início do primeiro segmento abdominal de cada animal, utilizando seringas e agulhas para duas diferentes análises. O XI Congresso Amapaense de Iniciação Científica está vinculado à programação local da Semana Amapaense de Ciência e Tecnologia (SNCT).