Iniciativa reuniu cerca de 100 estudantes de veterinária e apresentou metodologia prática e de baixo custo para monitorar a saúde dos peixes e contribuir para produção aquícola mais sustentável Curso reuniu cerca de 100 alunos da UniFaj, com foco na aquicultura. Iniciativa integra o Projeto BRS Aqua, que testa biomarcadores como ferramenta de monitoramento ambiental e de saúde animal. Treinamento visa capacitar futuros profissionais para aplicação da metodologia na cadeia produtiva da piscicultura. Evento destacou a importância da colaboração entre pesquisadores, estudantes e produtores. Próximos cursos devem contemplar piscicultores e profissionais do setor. A Embrapa Meio Ambiente, em parceria com o curso de Medicina Veterinária da UniFaj (Centro Universitário de Jaguariúna), promoveu um curso voltado ao uso de biomarcadores para o monitoramento da qualidade da água e do bem-estar de peixes. Realizado na Embrapa Meio Ambiente, em 13 de maio, o evento reuniu cerca de 100 estudantes e marcou mais uma etapa das ações de capacitação previstas no Projeto BRS Aqua. Coordenado pelos pesquisadores Márcia Ishikawa e Julio Queiroz, e pelo analista José Henrique Vallim, o curso apresentou uma metodologia prática e de baixo custo para avaliar o estresse e a saúde dos peixes por meio de indicadores biológicos. O objetivo é tornar essa abordagem acessível e aplicável tanto na pesquisa quanto na produção aquícola, contribuindo para a sustentabilidade da atividade. Durante o curso, os alunos tiveram a oportunidade de conhecer mais sobre o papel dos biomarcadores no diagnóstico precoce de alterações fisiológicas nos peixes causadas por condições ambientais inadequadas, como a presença de contaminantes na água ou manejo inadequado. A proposta integra o plano de ação do Projeto BRS Aqua, voltado à inovação tecnológica na aquicultura nacional. Além de apresentar os fundamentos e aplicações dos biomarcadores, o evento teve como um de seus resultados o aumento do interesse dos estudantes em atuar na pesquisa científica e na aquicultura. Muitos demonstraram entusiasmo com a possibilidade de estagiar na Embrapa e contribuir com as iniciativas voltadas à sustentabilidade da produção de peixes no Brasil. “O uso de biomarcadores é uma ferramenta já conhecida na medicina humana e veterinária, mas o que estamos fazendo é adaptá-la ao contexto da aquicultura, com foco na qualidade ambiental e na saúde dos animais”, explica Márcia Ishikawa. Segundo a pesquisadora, o treinamento de estudantes é uma etapa essencial da estratégia. “Eles serão os profissionais que estarão à frente da produção e da aplicação desse conhecimento no futuro”, destaca. Para o pesquisador Julio Queiroz, a formação de novos profissionais é apenas o primeiro passo. “Depois dos estudantes e professores, vamos estender o treinamento para técnicos, profissionais da área e piscicultores. Monitorar e produzir com qualidade exige a integração de todos os elos da cadeia produtiva”, afirma. A Embrapa Meio Ambiente e a UniFaj já realizaram outras ações conjuntas, e a expectativa é de que novos cursos e treinamentos sejam organizados nos próximos meses. A proposta é ampliar o alcance da metodologia desenvolvida, fortalecendo a transferência de tecnologia e a capacitação dos diversos públicos envolvidos com a cadeia da aquicultura.