Evento pioneiro vai abordar o papel da iluminação na produção de lúpulo Petrópolis receberá, no dia 9 de maio de 2025, o evento Noite de Campo: Cultura do Lúpulo, do Campo ao Copo, iniciativa inédita que será realizada no período noturno para apresentar aos participantes o papel da iluminação na lavoura de lúpulo, fundamental para a regulação do fotoperíodo — fator essencial ao desenvolvimento da planta. A atividade será realizada no Sítio Cova da Onça, localizado em Pedro do Rio, Petrópolis (RJ), das 17 às 22 horas, com vagas limitadas a 80 participantes. O evento é voltado a produtores, técnicos, estudantes, cervejarias artesanais e agentes de turismo, e objetiva promover a cadeia produtiva do lúpulo como oportunidade de fomento econômico regional e inovação tecnológica no campo. Além da demonstração da lavoura iluminada, a programação inclui uma série de palestras com especialistas da Embrapa, da Emater-Rio, da UFPR e de empresas do setor, abordando temas como nutrição do lúpulo, bioinsumos, secagem, peletização e o potencial turístico da cultura. A roda de parcerias, prevista para as 20h30, encerrará os debates e abrirá espaço para networking entre os participantes. A participação é gratuita, mediante inscrição prévia. 👉 Clique aqui para sua inscrição e aguarde a confirmação por e-mail. Local: Sítio Cova da Onça – Estrada Domingos Pereira, s/n – Pedro do Rio, Petrópolis - RJ 📍 Localização no Google Maps Outras informações: O tempero da cerveja Conhecido há mais de 2 mil anos, o lúpulo também é uma planta medicinal com poder anti-inflamatório, sedativo e antioxidante, entre outros. Mas a sua fama maior vem certamente da cerveja, na qual é responsável pelo amargor e aromas característicos dos diferentes tipos da bebida. As grandes regiões produtoras no mundo encontram-se no hemisfério norte, nas faixas mais frias da América do Norte, da Europa e da Ásia. Comercializado em grande escala para diversas partes do mundo, o lúpulo é o insumo mais caro da cerveja: uma embalagem de 400 gramas pode custar até 300 reais. No Brasil, o interesse pela produção da planta é crescente e, segundo a Associação Brasileira de Produtores de Lúpulo (Aprolúpulo), o volume produzido chegou a mais de 88 toneladas em 2023, o que representa um aumento de 203% em relação ao ano anterior. Treze estados brasileiros produzem lúpulo, sendo os maiores produtores Santa Catarina, São Paulo e Minas Gerais. O plantio do lúpulo na região serrana fluminense iniciou-se em 2016, em pequena escala. A expectativa era atender parte da demanda da indústria cervejeira local, essencialmente o mercado das cervejas artesanais, muito comum nos municípios da região. Rede Lúpulo Em busca de um produto de melhor qualidade, assim como de um sistema de produção adaptado à realidade da Região Serrana, por iniciativa dos produtores, foi criada em 2018 a Rede de Fomento à Cultura do Lúpulo na Região Serrana Fluminense (Rede Lúpulo), cuja composição tem representantes de todos os elos da cadeia produtiva. A Rede Lúpulo é formada por pesquisadores da Embrapa Agrobiologia, da Embrapa Agroindústria de Alimentos e da Embrapa Solos, professores da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), extensionistas da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Rio de Janeiro (Emater-Rio), produtores de lúpulo e de cerveja artesanal, Associação Comercial, Industrial e Agrícola de Nova Friburgo (Acianf), Rota Cervejeira e Viveiro Ninkasi, além de representantes do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), do Serviço Brasileiro de Apoio às Pequenas e Micro Empresas (Sebrae) e do Banco do Brasil (BB). A Rede Lúpulo é apoiada pelo Mapa e pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj).