Desenvolver estratégias técnico-científicas que ampliem a capacidade e a atuação da conservação ambiental, como parte de uma abordagem integrada no Espírito Santo. Esse é o objetivo deste projeto, que pretende envolver universidades, sociedade civil e órgãos ambientais em prol da conservação de espécies-alvo na bacia do Rio Doce e da reintrodução de espécies ameaçadas de extinção ou extintas.

As estimativas atuais são de que 39% das espécies de plantas no mundo estão em risco de extinção. Na Mata Atlântica, a situação é dramática, com baixo percentual remanescente da cobertura vegetal original. Entretanto, é na parte central da Mata Atlântica, entre o norte do Espírito Santo e o sul da Bahia, que se concentra a maior riqueza de árvores do planeta.

Paradoxalmente, o Espírito Santo apresenta mais de 750 espécies de sua flora sob algum grau de ameaça de extinção, e são inexistentes programas em nível estadual que visem à reprodução dessas espécies e à utilização das mesmas em atividades de conservação e recuperação ambiental.

Assim, serão consultados bancos de dados dos herbários virtuais Reflora e INCT para mapear as localidades de ocorrência de espécies-alvo, com registro no norte do Espírito Santo, além de serem marcadas matrizes e coletados frutos e sementes para propagação em viveiro. Também serão destinados ao manejo e recuperação de ecossistemas em unidades de conservação do ES, onde originalmente ocorriam as espécies ou onde haja baixa densidade populacional delas.

São parceiros neste projeto a Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), o Jardim Botânico do Rio de Janeiro (JBRJ), o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), a Embrapa Agrobiologia e o Instituto Nacional da Mata Atlântica (INMA).