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Embrapa assina com MDA e Finep protocolo de intenções para ações em apoio à agricultura familiar
Em seminário temático sobre inovação tecnológica na agricultura familiar, realizado na semana passada em Salvador, BA, a Embrapa assinou, junto ao Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) e à Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), um protocolo de intenções que formaliza a colaboração das partes no desenvolvimento científico e tecnológico de projetos e ações alinhados ao Programa Nacional de Pesquisa e Inovação para a Agricultura Familiar e a Agroecologia (PNPIAF), instituído pela Presidência da República em dezembro passado.
Durante o evento, a Finep anunciou o aporte de R$ 184 milhões em ações de inovação na agricultura familiar e, com isso, o público presente debateu critérios orientadores para o financiamento, a partir da apresentação de projetos temáticos regionais e nacionais. A Rede Nacional de Inovações e Disseminação de Tecnologias em Bioinsumos para a Agricultura Familiar, proposta pela Embrapa Agrobiologia, o MDA, as Universidades Federais de São Carlos e de Goiás e o Instituto Federal de São Paulo, foi uma das iniciativas apresentadas.
“Nosso compromisso é o de estruturar uma rede de instituições para fomentar a produção, o desenvolvimento, o controle de qualidade e a adoção de inovações tecnológicas em bioinsumos adequadas às distintas realidades da agricultura familiar”, explica a pesquisadora em inovação social e chefe-geral da Embrapa Agrobiologia, Cristhiane Amâncio.
O protocolo de intenções assinado permeia as ações para efetivação da Rede de Bioinsumos ao incentivar a elaboração e a gestão de projetos multiorganizacionais, ao promover o desenvolvimento científico e tecnológico para aprimorar a competitividade e a sustentabilidade dos sistemas agrícolas familiares e da soberania alimentar e ao gerar soluções que incrementem a renda e o bem-estar social dos agricultores, fortalecendo cadeias produtivas territoriais. “O investimento na Rede potencializará impactos na coprodução de inovações tecnológicas, promoção de saúde, segurança alimentar e mitigação de impactos ambientais”, cita Amâncio.
Assim, a Rede Nacional de Bioinsumos, enquanto um dos temas prioritários do PNPIAF, estima como resultados o compartilhamento de dados e experiências entre agricultores familiares, o uso de tecnologias adaptadas às mudanças climáticas e à transição ecológica, além da promoção da saúde e da segurança alimentar, com redução do uso de agrotóxicos.
“Os objetivos da Rede são ampliar o acesso e o uso de bioinsumos para a promoção da transição agroecológica na agricultura familiar, além da estruturação de uma rede de laboratórios vinculados às instituições de ciência e tecnologia e instituições de ensino públicas para produzir esses insumos, considerando as limitações vigentes de oferta destes produtos pelo atual mercado produtor”, aponta Cristhiane.
A intenção também é desenvolver ou adaptar inovações tecnológicas seguras e que promovam a autonomia de agricultores familiares e suas organizações, assessorar a implantação de empreendimentos coletivos para produção de bioinsumos e melhorar a eficiência da gestão de nutrientes nos agroecossistemas.
Além da Rede Nacional de Bioinsumos, outras iniciativas foram apresentadas no seminário da semana passada. Outros projetos nacionais citados foram um para a criação de um Centro Brasil/China para agricultura familiar, organizado pela Universidade de Brasília; um para a implementação de tecnologias para mecanização agrícola, organizado pelo Instituto Federal do Rio Grande do Norte, e um de financiamento popular para a produção de alimentos saudáveis, encabeçado por uma empresa privada.
Outros temas abordados em projetos regionais foram agroindústrias, cooperativas de crédito, restauração ambiental, entre outros.
Liliane Gonçalves Bello (MTb 01766/GO)
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